MULHERES QUE CORREM COM OS LOBOS - CLARISSA PINKOLA ESTÉS
Autora: Clarissa Pinkola Estés
Páginas: 576
Gênero: Teoria Psicanalítica Freudiana
Editora: Rocco
A leitura dessa obra causa em mim um grande impacto, alguns capítulos eu li com maior facilidade, outros empaquei e foi difícil continuar. Em alguns vídeos no youtube vi a recomendação de alguma terapeutas do feminino pedindo para prestar atenção em qual capítulo demoramos mais para ler e continuar, e eu deixo aqui essa sugestão, perceba se empaca em algum capítulo, se lê rápido demais e se prestou atenção de fato.
É um livro que fala sobre o resgate da mulher selvagem, do lobo selvagem que está tão vivo dentro de nós quanto o nosso coração, mas que em algum momento em nossa vida deixamos de dar ouvidos a essa voz. Clarissa fala que essa mulher selvagem nunca adormeceu está somente aguardando o momento de poder atuar novamente.
Esse livro hoje é ligado a muitas doutrinas e dogmas, como o sagrado feminino, mas Clarissa fala mesmo de um resgate da mulher, ela também deixa claro e alguns parágrafos que esse livro pode ser lido por um homem para esse resgate próprio e não só para entender a mulher.
O prefácio do livro já nos dá um grande insight do que vamos enfrentar e desfrutar com essa leitura. E eu ainda digo que não é somente uma leitura, não é um romance, ou um livro de dicas de auto-ajuda... É um livro de alma, de encontro de nossa própria alma, de nossa jornada interna viva e pulsante.
Eu preferi ler, e ainda estou lendo, capítulo a capítulo seguindo a ordem e senti que isso fez sentido em momentos da minha vida, conforme ia lendo situações iam refletindo em meu cotidiano.
É um livro terapêutico, para autoconhecimento, para se compreender e assumir questões internas importantes. Questões que possamos ter vivido na infância e que hoje reflete na mulher que somos.
O ponto importante dessa resenha, desse resumo que decide compartilhar antes mesmo de terminar a leitura é que ela explica no início do livro sobre a Mulher Selvagem e o Lobo, esse comparativo me abriu portas interiores muito intensas e complexas.
Desde muito pequena fui considerada uma criança chata e chorona, uma menina irritante, uma adolescente rebelde e hoje uma mulher fraca sem muitos horizontes... E isso compartilho não para que se tenha dó de minha pessoa, mas que quantas e quantas vezes fomos engolidas por opiniões taxativas de nossos familiares e sociedade simplesmente porque eles não sabem lidar com o nosso aspecto selvagem mais externo que dirá externo.
Vivemos em uma sociedade em que se formos nós mesmas se tem a tendência de nos calar, de sermos taxadas feias e ridículas e sonhadores demais e loucas. Por isso se tem tanto medo do Despertar da Mulher.
A Energia Feminina por si só é amorosa, acolhedora, quente e ainda mais, é criativa, é criadora, é ideológica e reprodutora (não só de outras almas, de vida). E quem não tem medo disso?
Uma mulher selvagem, é um perigo para uma sociedade, pois quando somos livres não importa o formato do meu corpo, muito menos o tamanho do meu cabelo, nem o tom da minha voz porque "EU SOU LIVRE", "VOCÊ É LIVRE", mas se tem muito medo ainda.
Então é uma leitura que nos dá o caminho para essa liberdade, inevitavelmente se você estiver disposta a cada capítulo muita coisa vem pra fora, se a sua proposta ao ler esse livro for a de mergulhar e resgatar a sua essência e deixar que essa mulher selvagem assuma o controle esteja preparada, mas se sua intenção é ler acreditando que é um romance... nem perca tempo e dinheiro com essa obra. Pronto falei!!! Precisa ter coragem para deixar padrões antigos de lado e seguir rumo a sua vida através da sua intuição, desejo e vontades internas.
É um momento de se abrir a isso.
E ainda ela diz na introdução:
Então mana, é com muito carinho que deixo aqui essa indicação e torço e sonho para que você possa dar voz a sua mulher selvagem novamente! Acredite e confie em seu grande pode interno, ela está lá te guiando e sempre esteve!
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Irinia Zachello
Instagram: @iriniazachello
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Irinia Zachello